Até breve!

Mas o combinado era não esperar nada em troca. Eu havia combinado comigo mesma naquela noite antes de enfrentar o mundo e quando a idéia tinha se tornado aceitável em minha cabeça meu coração quis de outra maneira. Ai já era. Aconteceu, demorou, porém aconteceu. E de repente eu quis mais e mais, tudo de uma vez. Tava bem, tava feliz. Até que de felicidade passou para algo triste, com amor, mas ainda sim triste. A gente fazia do jeito errado. Nós somos diferentes, mas quem se importava? O Tapete estava cheio de coisas que empurrávamos pra lá na esperança de que um dia um de nós iria mudar. Um dia isso aconteceria.  Só que para essa mudança acontecer tínhamos que deixar de ser nós, para ser apenas eu aqui e você ai. Acho que tava tudo escrito certinho; para descobrir o amor a gente tinha que ser “nós”, mas para desfrutar dele a gente tinha que ser apenas a gente mesmo, amando um ao outro de longe, como quem ta feliz por fora, mas morre de saudade por dentro. Pra aprender a viver junto de alguém a gente precisava ficar longe, assim quem sabe, para eu aprender a dar valor e você a deixar o orgulho de lado. Quem sabe assim, a gente se amando de longe, desejando de longe, a gente se ame mais. E eu sei que se tiver que ser, como foi com a gente naquele tempo atrás, se tiver que acontecer de novo, mesmo que daqui a algum tempo ou alguns anos, eu sei que vai ser. Vamos nos encontrar e fazer aquela cara de quem se arrepende de ter deixado o tempo tomar conta e dizer “Senti sua falta” com todo o amor que sobreviveu às mágoas e ao tempo. Com todo o amor que deixava eu e você ser nós sem que nada mais importasse. Mas enquanto isso não acontece, enquanto a gente ainda insistir em tentar esquecer, eu vou estar aqui te procurando em todos os lugares dentro de mim, procurando aquele perfume que me lembra alguém que eu aprendi a amar. 

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