Sem dizer nada...

Palavras que normalmente saiam como uma suave melodia, rapidamente transformaram-se num agudo tormento. E o medo, a incerteza e a insegurança tomaram conta do lugar. Lua cheia, céu quase escuro, sem estrelas para iluminar aquela pequena mente, que ali, naquele instante pouco mesmo havia pensado. Não havia luz, e nada além de palavras que ao serem ouvidas rapidamente encadearam uma série de reações desagradáveis. O fim trágico tão ruim quanto cena de novela. A raiva, inimiga de todos, chegou sem avisar e mesmo que alguém não quisesse, dominou o lugar. Maldita. Fez tudo errado, de novo. E agora, a consciência resolveu manter-se presente e mostrar que algo estava incompleto. E assim, desejando que aquele segundo jamais tivesse existido, ela foi inventando a presença de alguém que sem querer, quase querendo deixou partir sem nem ao menos se despedir. Deixou saudade, deixou o amor, deixou a tristeza e levou o mais valioso, o coração. O meu. 

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