Dessa vez vou falar de mim

Não vou ser modéstia, nunca fui mesmo, mas tenho que confessar que já estou prestes a pular de fora de mim mesma para ver se isso passa. Para ver se a hora passa acelera e se as pessoas dessa vez não queiram ir embora e nem me enganar. Não aguento mais pessoas que me atrasam, não me acrescentam e me retém. Minha paciência que de longe já quase não existia hoje está menor do que antes. Quase que inexistente. Esgotada. Por dentro sinto-me uma completa bola de problemas ambulante. Tenho tudo dentro de mim. Tudo de que não preciso, é claro. Falta-me amor, falta-me coragem e também um pouquinho mais de confiança e vontade.  Talvez meu estado de espírito esteja assim devido a algumas pessoas. Me recuei, recolhi meus sentimentos. Até meus sorrisos. Sorrisos que antes eram completamente abertos hoje são somente quando necessário. Ou precisem apenas de um motivo maior para dominar meu rosto. Alguém que ainda não conheci.

Vou me permitir, vou deixar acontecer, vou saber quem eu sou verdadeiramente. Jogarei aquele ''eu'' que não me fez bem há algumas horas atrás e me colocarei em primeiro lugar. E assim será; primeiro eu, depois você ou qualquer outra pessoa que não seja apenas eu mesma.  E esses erros que levo aqui marcados em cada minúscula parte do meu ser, não é algo tão ruim assim. Eu aprendi mesmo depois de ter dado alguns tropeços pelo caminho. Mas acredite nada me fez tão mal assim quanto a incerteza que tive. Ainda estou viva não é mesmo. Ainda tenho um coração dentro de mim que bate. Ainda posso olhar para as pessoas com a maior tristeza do mundo e sorrir. Chorando por dentro.

E então se for para me arriscar que seja por algo grande. Algo maior do que eu.  A confiança? Ah, essa então nem se fale. To naquela terrível fase do ''eu-confio-desconfiando''. Não deixo meus olhos mais fechados. Os que antes estavam completamente fechados, hoje estão abertos e atentos o suficiente para ver até mesmo o que eu não quero. Palavras já não me iludem mais, agora eu preciso é que me provem. Provem cada detalhe que dizem. Meu silencio está falando mais do que qualquer palavra que ousa sair dos meus lábios. Agora só escuto e observo. Não quero ser escravo das minhas próprias palavras então agora só deixo o meu silêncio para a estupidez da vida que antes me sufocava, hoje pode atormentar quem mais merece.

Sei que ainda faltam muitas coisas. Mas o resto vou aderindo com o tempo. O principal eu já aprendi. Meu silêncio prevalecerá, agora cabe a você desvendar o que se passa na minha pequena e ao mesmo tempo imensa mente. Mente um tanto fértil eu diria. Ou melhor, cabe a você tentar desvendar o que se passa em mim, bem dentro de mim. Não serei apenas palavras, agora sou ato!

(Escrito por mim e pela Beatriz)

2 comentários:

Gabriela Freitas disse...

ficou muito bom, talvez um dia eu deixe de ser palavras e me torne atos, também.

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Anônimo disse...

Isso mesmo! Nascemos e vivemos para fazer acontecer, mostrar a que viemos! Adorei.

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