Vamos botar as cartas na mesa. Não, eu não quero jogar o seu jogo, apenas quero entende-lo. Menina, por que você se submeteu a esse sofrimento quando você podia ter algo melhor? Por que fingiu que estava bem quando o viu com outra? Por quê? Você sabe o quanto isso dói, eu também sei. Pare por favor de tentar se esconder atrás desse cabelo mal trançado e desse rimél borrado. E que me desculpe a forma de falar, mas você está acabada. Logo você que sempre teve uma beleza radiante mesmo quando chorava, hoje está em pedaços. Olha, se você quiser posso te oferecer meu ombro amigo como sempre fiz em todas as noites em que você me ligava para te encontrar só pra me contar o que o seu ultimo namorado havia feito. Eu sei fazer massagem lembra? Sei que você gosta. Ninguém faz uma massagem como eu – dizia você. Mas então te vejo assim, jogada pelos cantos por culpa do ultimo cara que você se apaixonou e me pergunto; será que alguma vez eu já te decepcionei a ponto de você ter que correr para os braços de outro amigo só para desabafar e chorar em paz? Ou talvez você nunca tenha percebido que a minha preocupação por você era muito mais do que cuidado.
Mas agora pare de chorar e olhe para cima, olhe para mim, consegue perceber que eu estou aqui? Aliás, eu sempre estive aqui.
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