Não era só o calor escaldante que fazia lá fora, o único fator capaz de me agôniar. O fato de não saber o que estava ou o que tinha acontecido me deixava ainda mais inrritada. O que havia de errado desta vez? Falei demais? Ou foi de menos? Milhares de perguntas, como se eu estivesse em uma daquelas salas policiais interrogando a mim mesma, passaram-se em minha mente. Lá vou eu, mas uma vez me afogar em minhas dúvidas cruéis. Pode ser que nada de errado tenha acontecido, mas minha intuição dizia que algo além do meu olhar observador, estava préstes a acontecer. Como o meu nome, composto por apenas 5 letras fáceis de gravar poderia passar tantas vezes pela boca de uma pessoa, cuja a intenção de citar meu nome não é uma das melhores? A cada vez que meu nome rola pelo ar e sai da boca de alguma pessoa mal intencionada, parece que meu destino muda de direção. Minha vida muda. Eu mudo. Ele muda. Tudo muda. Mudanças que eu gostaria de dispensar. Não gosto quando as coisas começam a perder o controle. Se tornam algo pior do que já estavam e muita das vezes voltam a estaca zero, onde eu me encontro sentada, com a cabeça baixa, chorando. Eu estava bem segundos antes de acordar sabia? Ou pensava estar bem. No meu sonho a imagem de uma mulher, que eu nunca havera visto antes, apareceu. Onde eu cismava que a conhecia até o momento em que uma figura sombria, pálida e feia perguntou se eu tinha certeza. Não hesitei e respondi que sim. Ela simplesmente estendeu a mão e disse que aquela mulher que acabara de morrer e eu cismava em afirmar que a conhecia, era ela. Eu chorava por dentro. E então acordei. Mas de repente tudo fez sentido. Era sim a minha intuição se revelando estar mais do que certa. Eu na verdade não conheço nada nem ninguém além de mim mesma. Apesar de que ás vezes até eu me surpreendo.
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