Estamos no penúltimo dia do penúltimo mês do ano, para ser mais exata, estamos à mais ou menos um mês e alguns dias de 2011. As aulas ainda nem acabaram. Pessoas ainda não se despediram. Viagens ainda não foram feitas. E lágrimas ainda não cairam. Mas já dá pra ter uma noção do quanto esse ano todo, desde o primeiro dia, vai fazer falta. Foram horas, dias, meses de total metamorfose. A cada dia era algo novo completando nosso amanhecer. A cada instante pessoas novas passavam por nossas vidas e por ali ficavam. Lágrimas e lágrimas foram derramadas por motivos e pessoas que hoje, poucos se lembram. Discussões, brigas, xingamentos rolaram por coisas tão banais. Sorrisos, abraços e beijos não foram poupados. Podemos dizer que esse ano foi um daqueles. Foi o ano da transformação para muitos, onde alguns deixaram aquela má fase, de aborrecente não reconhecido pela sociedade para um futuro adulto consciente. Digamos que ao passar desse ano, muitas pessoas, principalmente as quais eu convivi durante esse longo ano, mudaram. Para melhor. Para pior. Mas mudaram. Algumas que estavam comigo até o fim do ano que se passou, hoje já não fazem mais parte de mim. Infelizmente. Por outro lado, pessoas que eu jamais imaginaria falar um oi sequer, hoje tem uma tamanha importância em minha vida. São essas pessoas que eu devo agradecer de coração, por todos os momentos em que estiveram comigo, principalmente quando estiveram nos meus piores momentos. Aquelas pessoas que me ajudaram e me mostraram que eu jamais estive sozinha. Eu me orgulho dos amigos que tenho. Devo agradece-los também por terem me proporcionado a chance de conhecer cada um, por ter compartilhado momentos e histórias. Mas eu não quero tornar esse texto algo meloso, ou de despedidas. E nem comentar sobre meu ponto de vista. Até porque, não foi só comigo que isso aconteceu, ou está acontecendo. Milhares de outras pessoas, talvez, neste momento estão passando por essa mesma situação. Para alguns, aceitar que está chegando ao fim mais um ano, não é de fato uma tarefa fácil. Seria algo doloroso, não de dor física mais emocional. É como um vazio no peito que irá durar dois longos e lastimáveis meses, até o primeiro dia de aula, onde os velhos amigos irão se reunir embaixo de uma árvore com folhas verdes e irão se sentar, se abraçar e relembrar os bons velhos tempos com uma enorme saudade de tudo. Então irão recolher fotografias e perceber a mudança que ocorrera em muitos e que o amor e a amizade que ali se encontrava à uns meses atrás, continua intacta e mais forte do que antes. E ai sim ter a certeza de que tudo o que haviam feito, todas os choros, todos os sorrisos, todas as noitadas enchendo a cara, todas as merdas feitas, todos os momentos ... valeram a pena.
Nenhum comentário:
Postar um comentário